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5 Perguntas com a banda SUPERBRAVA

Atualizado: 7 de nov. de 2019

Trocamos uma ideia com o grande fera Rodrigo Dido guitarrista da banda caiçara Superbrava, falamos sobre composição, influencia, o cenário underground entre outras coisas mais, confere a e que ta do caralho esse bate papo!!!

Foto por Érick Cravo Paulo



FININHO: Salve Didão! !! Muito obrigado por trocar essa ideia com a Seguimos fortes, gostaria de saber primeiramente quanto tempo você tem de serviços prestados ao underground, conta um pouco da sua trajetória até chegar no Superbrava?


DIDO: Salve Fininho, baita satisfação fazer parte desse quadro do Seguimos Fortes irmão.

Vamos lá. Minha trajetória musical se deu início em meados de 2000/2001, quando eu comecei a frequentar os shows de hardcore especificamente. A partir daí, pra dar início as atividades musicais, e tão breve querer tocar, montar bandas não demorou muito tempo não. De lá pra cá, foram muitas bandas, desde bebê punk rebelde sem causa juvenil, metal, hardcore, até a mistureba de ritmos e levadas que faço com a galera do Superbrava.


Foto por @perrone.fotografia


FININHO: O Superbrava é uma banda nova, mas já tem uma boa quantidade de material, um belíssimo ep, alguns clipes e alguns km rodados pra conta, fala um pouco pra nós como foi o processo de composição das músicas, as ideias dos clipes, como é o Superbrava produzindo material?


DIDO: Pô, o Superbrava é uma banda nova mesmo, mas tem em sua base pessoas muito determinadas e experiências na sua formação. Eu, o Silas e o Moisés nos conhecemos dentro desde meio rockeiro a mais de 15 anos, frequentavamos os mesmos lugares na adolescência e sempre rolou uma baita admiração no trabalho uns dos outros tá ligado? Isso somado a juventude e empenho dos mais novos (Nathan e Vicente), contribuem muito na fluidez de tudo que a gente se propõe a fazer juntos.

(Sem ter a intenção de querer falar bonitinho), somos acima de tudo uma banda de amigos, nos encontramos quase que diariamente, participamos da vida uns dos outros, saímos juntos, o que proporciona uma química muito sincera entre a hora de compor e fazer alguma coisa acontecer, seja música, clipe, foto, o que for.



Foto por @xrodriguesjainex


FININHO: Quais são as influências musicais que levam a culpa na existência do Superbrava?


DIDO: Bicho, que pergunta difícil. Até pq, cada música da banda talvez tenha referências totalmente diferentes umas das outras. Mas basicamente uma unanimidade entre todos nós é o gosto por bandas emo como: Farside, Samiam, Further Seems Forever, Sense Field, o próprio Garage Fuzz a gente não pode deixar de mencionar.

Fora os insights do que cada um gosta propriamente que sempre acaba aparecendo nas músicas né rs.


Foto por @allanfernandespr


FININHO: Na banda existe integrante casado? Com filhos? Como é pra vocês ter responsabilidades pessoais que as vezes demanda muito do tempo de vocês e ainda assim conseguem tiram um tempinho pra pegar os instrumentos por no porta malas e pegar a estrada ?


DIDO: Sim, temos integrantes casados e com filhos sim. Temos 3 papais na banda. O Vicente é pai de uma filha, o Moisés pai de duas filhas e mais recentemente o Silinhas também entrou nesse time.

Primeiramente somos gratos aos nossos familiares, esposas, namoradxs e amigxs, por todo apoio e incentivo que temos por parte delxs, pq não é fácil apoiar, e ainda mais conviver com quem vive a música da forma que vivemos, seja pelo fato de vez ou outra cairmos na estrada, além de toda parte financeira que investimos né? Seja com os instrumentos, ensaios, com as próprias viagens, e no nosso caso com vídeo clipes e gravações.

Mas o segredo é amar o que faz, a medida que você faz as coisas de coração, as pessoas ao seu redor se cativam também e passam a dar aquela moral/incentivo.

No geral, é difícil conciliar, família, trabalho com as rotinas de uma banda de estrada, mas quanto a isso, temos muita responsabilidade e pé no chão (além do apoio já citado) ao que diz respeito cair na estrada e ficar vez ou outra 1 ou 2 dias perdidos nessa nossa empreitada musical.


Foto por @imakawa


FININHO: Você já tem um tempo de caminhada no role underground, qual é a diferença que rola nos dias de hoje pra antigamente ? De positivo e negativo?


DIDO: Não tenho como fugir do clichê de responder coisas relacionadas ao estreitamento e o abismo que a internet causou principalmente no underground nos últimos anos.

O que eu via antigamente era que quando um artista/banda era boa de verdade, naturalmente o reconhecimento, o consumo daquela arte era algo mais sincero.

Era muito foda quando você conhecia uma banda nova, ouvia um som e pirava pra querer saber mais sobre, e quando rolava um show então, era um baita acontecimento reunir a galera pra encostar num pico e curtir um som.

Hoje em dia, não sei se por conta da falta de renovação no quesito do rock nacional, uma pororoca de músicas genéricas no gosto popular, acabou refletindo na cabeça dos mais novos, gerando também um certo desinteresse no rock em geral, consequentemente afetando um pouco o artista underground em geral.

Não que hoje não temos qualidade, muito pelo contrário, temos, e até em maior escala. Acontece que a internet é um bombardeio tão grande de (des)informação, de uma busca implacável por likes, de memes, que eu acho que a arte em si acabou ficando um pouco em segundo plano, mas ela vive e é presente.

E pra finalizar, não posso só reclamar, afinal estamos trocando essa idéia graças a internet né?

Posso falar por mim que houve uma grande transformação tanto de espírito quanto de caráter, convivendo com pessoas incríveis que eu conheci dentro desse meio. Seja tocando ou ajudando na organização de algum evento, todo dia é um aprendizado na vida.

Amigos, amigos e mais amigos, hoje somos uma única galera, seja nós aqui na baixada santista ou a galera de Sp, Rj, enfim, existe essa proximidade com quem a gente se identifica, o que faz com que gente se sinta um pouco em casa em todos os lugares.


Foto por @xrodriguesjainex


FININHO: Didão mais uma vez muito obrigado por ter trocado essa ideia conosco irmão, gostaríamos que você deixasse uma mensagem pra galera que esta acompanhando essa entrevista, pra galera que ta na correria do som assim como você, pra galera que ta começando agora a ter banda e claro... Pros fãs do Superbrava.


DIDO: Meu querido Fininho, eu que tenho a agradecer a você pelo espaço e pelo respeito de sempre.

Pra galera que tá acompanhando a entrevista, eu posso afirmar que você é um (uma) baita guerreirx se chegou até aqui viu HAHAHA.

Para os amigos e camaradas que assim como eu tão na luta diária, vamos seguir fortes e acima de tudo fazer o que a gente acredita e ama que é tocar e poder desfrutar de bons momentos juntos que é o principal de tudo.

E pra quem tá começando agora, é só manter o pé no chão, nunca deixar se iludir, e tocar, reunir seus amigos, e acima de tudo se divertir que é o principal.

E para os fãs do Superbrava (existe fã do Superbrava?) Já estamos em pré produção de 10 músicas novas que pretendemos entrar em estúdio até o carnaval se tudo correr bem, talvez façamos mais alguma parceria pra mais um clipe novo pra encerrarmos os trabalhos áudio visuais do EP Todas as Cores, e muito mais.

Obrigado ao apoio e carinho de todxs.


OUÇA A BANDA SUPERBRAVA:



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