Música explora o dualismo do uso das redes sociais durante a pandemia
Por Vinícius Vieira
O grupo Black Eyes in The Sunshine, formado em Jundiaí (SP), lançou na última sexta-feira (28) o seu mais novo single intitulado Wake Up. O trio composto por Karina Amaral (voz), Guilherme Sai (tecladista e beatmaker) e André Fernandes (guitarra), faz um som marcante com influências claras do synthpop oitentista de Depeche Mode, New Order, Duran Duran e Human League, passando pelo peso e obscuridade do rock industrial, que ficou muito popular nos anos 1990, como Ministry e Nine Inch Nails, até chegar no rock alternativo de Smashing Pumpkins, Placebo e Muse. Tudo isso dá pra ser assimilado em Wake Up, que além de contar com um instrumental marcante, no qual um sintetizador pulsante faz cama para riffs de guitarras soturnos, a voz potente de Karina, na companhia das intervenções em português de Guilherme Sai, canta o dualismo do uso das redes sociais durante a pandemia do novo coronavírus.
Para o artista multimeios e fundador da Black Eyes in the Sunshine, Guilherme Sai, a canção Wake Up acontece num paradoxo e também como um reflexo do que vivemos na pandemia: “De um lado temos o consumo desmedido de redes sociais e o quão nocivo isso é para a gente e, do outro lado, temos nas redes sociais as únicas janelas de respiro do isolamento”.
Guilherme também adianta que Wake Up, sendo esse o segundo single lançado pela banda que foi formada em 2020, introduz o tema principal do primeiro álbum do grupo, com título de Violência Líquida, que será lançado em meados de março deste ano: “Este tema, de certa forma, mostra como o ambiente virtual é um solo fertil para tantos atos violentos”, finaliza.
O videoclipe de Wake Up também já está disponível no canal oficial da banda, mostrando o trio completamente imerso e dependentes dos seus aparelhos celulares, enquanto a letra da canção surge escrita em diversas, e conhecidas, redes sociais.
Wake Up também pode ser ouvida nas principais plataformas de streaming.
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