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PAPO DE BANDA - SUPERBRAVA - T1 E6

por Flávio Almeida


Salve a todos os leitores aqui do Seguimos fortes, um master blaster 2020 para todos! E para iniciar esse ano, mais um capítulo aqui do Papo de Banda! Dessa vez desenrolamos uma ideia com Nathan Motta da banda Superbrava, de São Vicente-SP. Trombamos eles em um dos shows que fizemos na baixada, no Guarujá e nessa mesma noite, ainda junto com a rapaziada da Old Rust, fizemos o corre lá no PUB do Jamel e foi brutal! Apesar de serem uma banda nova, os integrantes já são bandeiros aí no cenário e já chegaram metendo o pé no peito, lançando um álbum com sete músicas em 2019, muito bem executadas e compostas, refletindo a consistência do show dos caras. Vale a pena conferir!


FAlmeida - A Superbrava nasceu onde, quando e qual foi a motivação para isso acontecer?

Nathan Motta - Primeiramente gostaria de agradecer pelo convite e por lembrar de nós do Superbrava hehe. Vamos lá: a banda Superbrava nasceu na cidade São Vicente, litoral de São Paulo por volta do segundo semestre de 2018. Todos nós do Superbrava já tivemos experiência em questão de convivência em bandas, apresentações em palcos, passar tardes e noites pegando estrada, gravações em estúdios, vendas de merchs e etc… A motivação para isso acontecer foi quando todos nós já estávamos há um bom tempo sem tocar e o Dido, Moisés e Silas se juntaram para compor melodias e eles chamaram a mim para ser o responsável dos graves da banda, aliás, nós 4 já somos amigos há mais de 10 anos, então a oportunidade caiu como luva para mim. Quando começamos as gravações das faixas do Ep Todas As Cores no estúdio Playrec, as músicas só tinham os instrumentais gravados e acabamos chegando a conclusão que nós não iríamos dar conta de tocar e cantar ao mesmo tempo as músicas, então um dia nós nos reunimos e resolvemos chamar o nosso amigo Vicente para assumir os vocais, até porque nós já sabíamos que ele tinha talento para assumir tamanha responsabilidade de tomar a posição de frontman da banda e ele topou e fez muito bem a parte. No final de 2018 resolvemos declarar publicamente que o Superbrava existe e que é oficialmente uma banda e desde então seguimos firme e fortes na nossa jornada.


FAlmeida - Vocês têm uma coerência excepcional ao vivo! Conte um pouco como é a rotina de vocês com relação à ensaios e montagem dos shows.

Nathan Motta - Somos uma banda que fazemos o máximo possível para deixar tudo certinho, em ordem no setlist e nos importamos bastante em fazer nossos instrumentos soarem de forma agradável para as pessoas que comparecem aos nossos shows. Todas as semanas estamos sempre no estúdio ensaiando o setlist dos shows e compondo músicas novas para possíveis futuros lançamentos. Todos nós temos em mente que se for para fazer alguma coisa meia boca então resolvemos não fazer tal coisa. Sobre montagem de shows nós fazemos a logística de levar o máximo de equipamento de som que couber no carro para quando chegar no show fazer o nosso melhor para o som ficar bacana e começar o show mais breve possível, para não deixar os espectadores esperando.


FAlmeida - Sempre há uma depreciação dos instrumentos quando estamos na estrada. Conte um pouco como vocês fazem com relação à regulagens e ajustes necessários para boa execução musical.

Nathan Motta - Os instrumentos são a nossa ferramenta de trabalho quando se trata de música, então é nosso dever nos preocuparmos com o estado deles e colocá-los de forma segura dentro dos transportes antes de realizar viagens em auto estrada. Mas, às vezes é inevitável acontecer alguns acidentes nos shows que danificam os instrumentos. Para isso, nós temos um Luthier de confiança em Santos, o Renato da RD Custom que é responsável pelas regulagens dos nossos instrumentos e sempre dando o melhor dele para nos dar um bom atendimento e solucionar problemas técnicos nos nossos instrumentos.


FAlmeida - Como é o processo de composição e pré-produção, que antecedem as gravações?

Nathan Motta - As composições das nossas músicas geralmente começam quando a gente marca de ir na casa do Silas, ou do Moisés e passamos várias horas consecutivas trabalhando nos esboços das músicas para quando os resultados forem positivos e satisfatórios, a gente começa por elas em prática nos ensaios, para dar os toques finais tanto no instrumental quanto nas letras.


FAlmeida - Os vídeos da Superbrava sempre são bem produzidos e dirigidos. Conte um pouco como vocês fazem para se organizar e chegar a esse resultado tão satisfatório.

Nathan Motta - Na cena musical underground da baixada santista a gente acaba conhecendo pessoas que trabalham com arte e com produção audiovisual, que no nosso caso é o Gabriel Imakawa, baixista da banda Jerseys de Santos e trabalha com direção de vídeos. Nos clipes das músicas "Verdadeiro Eu" e "Todas As Cores" ele é quem foi o nosso diretor, nós falávamos para ele as nossas ideias para os clipes e ele marcava as datas para a gente pôr as ideias em ação e deu no que deu. Sobre o clipe em desenho animado da música "Incomum", foi ideia do Silas chamar o amigo dele Felipe Duarte da Goat Animation para nos transformarmos em personagens de desenho animado com direito a participação de vários amigos no clipe, nós topamos a ideia e claro que ficamos supersatisfeitos com o resultado.


FAlmeida - O Merchandising é ainda uma promoção bem satisfatória para as bandas. Como a Superbrava cuida disso? Há alguém destinado na banda para exercer essa função?

Nathan Motta - Na verdade sou eu quem cuida da parte dos Merchs, as peças ficam guardadas na minha casa e nos dias de show eu preparo uma mala de viagem para levar os merchs até o show. Sempre faço uma lista do que foi vendido no show anterior para repor na mala o que foi vendido. Também faço entregas por correio se caso a pessoa que quiser comprar um merch do Superbrava morar longe.

FAlmeida - Quando estamos tentando promover a nossa música, sempre é uma luta diária e contínua para tentar fazer mais pessoas escutarem ou compartilharem. Vocês sentem falta de selos e gravadoras independentes que poderiam auxiliar as bandas do cenário alternativo?

Nathan Motta - Realmente, Brasil é um país muito difícil de viver de música, se uma pessoa quiser ter uma banda, vai ter que tocar por gostar do que faz, porque se for ter uma banda achando que vai ter algum glamour, a chance da expectativa ser maior que a realidade é imensa. No caso do Superbrava, nós fechamos parceria com a Seein Red Records do nosso amigo Willians Cruz. Ele foi uma grande ajuda para nós nas questões de lançamento do Ep Todas As Cores nas plataformas digitais de streaming e contato da fábrica que fez a prensagem do Ep físico.

FAlmeida - Existe sempre um balanceamento, que deve ser saudável, entre banda e família. Como é essa relação na Superbrava?

Nathan Motta - No Superbrava essa questão é bem equilibrada tanto que Moisés, Silas e Vicente são pais de família e respeitamos bastante a rotina familiar deles. Inclusive, o Silas teve um filho recentemente e entrou de licença paternidade da banda por um mês e teve o seu retorno na banda esses dias enquanto o nosso amigo Danilo, quebrava o galho nas guitarras no show durante sua ausência.


FAlmeida - A Superbrava é uma banda que organiza os próprios shows? Conte um pouco sobre isso e como tem sido se manter em um circuito com shows regulares.

Nathan Motta - Na verdade ainda não tivemos oportunidade de organizar nossos shows, enquanto isso nós recebemos convites de amigos e conhecidos daqui da baixada ou de outras cidades ou outros estados para tocar. Até agora a maioria dos convites para shows nós conseguimos encaixar na nossa agenda de Shows.


FAlmeida - Para finalizar aqui, gostaria de agradecer a participação e dizer mais uma vez que o som de vocês é incrível!! Deixe aqui o seu recado para os leitores e informe por favor os planos futuros dessa bandassa!!

Nathan Motta - Queria dizer que sou muito grato pela sua demonstração de interesse no nosso trabalho e por querer conhecer mais sobre o Superbrava. O que eu gostaria de dizer para os leitores é: Compartilhem os trabalhos artísticos de seus amigos, usem o tempo livre para conhecer bandas novas, compareçam nos shows das bandas dos seus amigos, façam música, façam arte, leiam livros, não abaixem a cabeça para autoridades fascistas, apoie todo tipo de inclusão na música e fiquem longe de pessoas tóxicas, você não é o que eles dizem que você é.

Em breve estaremos lançando mais um clipe e estamos trabalhando para que até o fim do ano (2019) se der tudo certo, darmos início nas gravações dos próximos trabalhos.

Muito obrigado e até a próxima!


FAlmeida - Terminamos aqui o sexto capítulo, abrindo o ano de 2020! Que bandassa meus amigos, muito obrigado ao Nathan e Superbrava pela disponibilidade, vocês são fodas e espero podermos dividir o palco novamente! Como de praxe, indico aqui duas músicas e explico o que me chama atenção nelas.


A primeira é a que dá nome ao álbum, Todas as cores. Aqui os rapazes de São Vicente conseguem juntar as influências e passar a mensagem de uma forma muito agradável! Vale também assistir ao clipe, que é demais! Muito criativo e na minha opinião, eles conseguiram dar imagem ao áudio, de verdade é uma baita trampo foda! A letra retrata o que a banda pensa e os posiciona de uma forma a não deixar dúvidas, instrumental impecável e melodia dinâmica! A segunda música que indico é a muito bem composta Teia. O dedilhado que faz a chamada na intro é simplesmente lindo! Ao longo do desenvolvimento o vocal vem construindo uma melodia muito bem forrada pelo sutil e muito bem tocado instrumental. Essa canção tem cada coisa em seu lugar, nem muito, nem pouco, é na medida certa! A letra, mais uma vez, não se descola da proposta e do desenvolvimento da composição!!


É isso aí pessoal, ouçam, sigam, assista aos shows dessa bandassa de São Vicente, Superbrava!





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